Entrevistas

Episódio 2: Tony Almeida, uma história de respeito, dedicação e amor ao Beach Soccer

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Tony Almeida está com a bola no pé de frente para o adversário e ao fundo, a arquibancada lotada

No universo do Beach Soccer, um nome ressoa com especial destaque, principalmente por sua técnica, sua conduta profissional, sua humildade e respeito com os demais. Tony Almeida, o sergipano bicampeão brasileiro com o Sampaio Correia, é a personificação do atleta que respira o alto rendimento, mesmo tendo uma jornada de dupla carreira. Prestes a embarcar em sua quinta temporada na Europa, ele compartilhou conosco, em uma conversa reveladora para o site “Beach Soccer Coach”, os momentos que moldaram sua carreira, suas inspirações, desafios e o legado que deseja deixar no esporte.

Origem e carreira no Beach Soccer

Tony lembra o começo no Beach Soccer, aos 15 anos, com a participação na disputa do “Circuito Banco Popular”, desenvolvido para a categoria de base na modalidade. Sobre a sequencia na carreira, Tony destaca a falta de suporte local, em seu Estado, como um obstáculo persistente. Contudo, a presença de profissonais como Rodrigo, seu personal trainer, ilustra a importância de ter apoio qualificado para uma sequencia produtiva na carreira.

Desafios no esporte

Um dos momentos mais marcantes de sua carreira foi o surpreendente retorno ao Beach Soccer, após uma pausa de cinco anos. Um telefonema inesperado de Bruno Xavier abriu portas para novas conquistas. “Eu tinha um mercado no futsal, mas estava sem clube. Deus agiu através de uma ligação de Bruno Xavier, e outra logo em seguida, do Datinha, que me oportunizou ter uma passagem vitoriosa no Sampaio Correia.” Este episódio não apenas redefiniu seu caminho profissional, mas também serve como uma lição valiosa para jovens atletas sobre a importância da preparação, da fé e da resiliência.

Tony Almeida em grupo levantando a taça de campeão 2023 - De volta às origens

Preparação

A preparação meticulosa é um tema recorrente na conversa com Tony. Ele detalha uma rotina rigorosa de treinamentos e cuidados físicos que sublinha a disciplina necessária para atingir o sucesso no Beach Soccer. “Tenho um acompanhamento de um personal e cuidados de um fisioterapeuta,” ele compartilha, evidenciando a complexidade da preparação para competições de alto nível.

Futuro

Olhando para o futuro, Tony vê um horizonte promissor para o Beach Soccer, mas também reconhece a necessidade de mudanças estruturais e maior profissionalismo. “Precisamos de mais cursos para desenvolver profissionais e promover competições,” ele sugere, apontando para a necessidade de investimento na base e na formação de novos talentos. Seu desejo de contribuir para o crescimento do esporte reflete não apenas sua paixão, mas também sua visão de um futuro onde o Beach Soccer ocupe o lugar de destaque que merece no cenário esportivo global.

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Legado e história

Além das conquistas e desafios, Tony é movido pelo desejo de deixar um legado duradouro. Seu compromisso em continuar contribuindo para o esporte, mesmo após encerrar sua carreira como atleta, revela uma dedicação que transcende os limites pessoais. “Sou um apaixonado por esse esporte,” ele afirma, expressando o desejo de moldar a próxima geração de talentos do Beach Soccer.

Crescimento e oportunidades

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Tony cita com carinho as oportunidades que 2024 já trouxeram, lembrando a disputa do Municipal de Vitória, o Municipal de Anchieta, o título conquistado e a parceria com o professor Carlos Henrique, treinador da modalidade e desenvolvedor do canal Beach Soccer Coach. “Eu já tinha trocas muito boas com o professor Carlos, por conta do canal, e imaginava que teria um crescimento importante jogando com ele. Mas no processo de treinos e jogos, e atuando na mesma equipe, vi meu jogo ser muito potencializado, porque eu já tinha essa bagagem vindo do futsal, e ele provoca um desempenho tático muito forte nas equipes que comanda.”

Conquistas e realizações

Sobre a final e o título em Anchieta, que sua equipe não vencia há dez anos, Tony relembra com empolgação.  “Foi uma experiência única e ainda abençoada com o título para o Unidos da Ponta”, disse refletindo tanto a alegria quanto a reverência pelo momento vivido.

A atmosfera eletrizante, amplificada pelo apoio fervoroso dos mais de seis mil fãs presentes na final, não apenas simboliza o auge do sucesso de Tony, mas também o potencial do Beach Soccer em criar comunidades únicas e movidas pela paixão pelo Beach Soccer.

A história de Tony Almeida no Beach Soccer é um lembrete poderoso de que, com dedicação, preparação e uma atitude positiva, as possibilidades são verdadeiramente ilimitadas.

Confira abaixo a entrevista completa!

BSC: Como você começou sua carreira no Beach Soccer?

Tony Almeida: “Tive meu primeiro contato com o Beach soccer com 15 anos, através do Circuito Banco Popular. Fui convidado pelo “Riquinho”, um dos craques da modalidade em Sergipe. Já o início em competições adulto foi  em 2010, com a seleção sergipana, quando recebi um convite de Rodrigo lima, treinador da equipe na época.

BSC: Quais foram suas maiores influências e inspirações no início da sua jornada?

Tony Almeida: “Vi muito jogadores atuando aos domingos, como Jorginho, Júnior Negao, Benjamim, Daniel Zidane, Juninho, André bigode e muitos craques da época, que sempre me deixavam admirados com o talento deles. Mas foi aqui, em Aracaju, que tive a experiência nas arquibancadas, de ver talentos que estavam  participando de um campeonato sergipano, em 2009. Lá tinha a presença de muitas referências do nosso esporte, como os sergipanos Rubinho, Júnior  Gabirú, Cebinho, Eladio, e outros craques naiconais, como Bruno Xavier, Souza, Anderson dias, Wellington e Juninho alagoano. Foram estes que me influenciaram e despertaram algo no meu coração naquela competição.”

BSC: Quais foram os maiores desafios que você enfrentou em sua carreira no Beach Soccer?

Tony Almeida: “Os desafios são diários, mas o que mais enfrentamos é a falta de suporte, como aqui em Sergipe, por parte de federação. Aqui não tem competições e assim não há atletas que se sintam estimulados a praticar o esporte. E por conta desses desafios, em todas as competições que vou, eu sou ainda mais grato a Deus, e também por colocar pessoas em minha caminhada, assim como Rodrigo, que é meu personal e que desenvolve programas e planilhas de treinos para que eu possa está preparado para as oportunidades.”

BSC: Qual é a memória particularmente incrível ou significativa, que você tem dentro do esporte?

Tony Almeida: “Talvez a maior delas tenha sido o meu retorno para o Beach Soccer, depois de 5 anos fora desse cenário. Logo depois da pandemia, quando houve a abertura para realização de atividades ao ar livre, iniciei fazendo minha parte, que é me preparar com o Rodrigo. E eu não esperaria uma ligação, principalmente da pessoa que ligou, que foi o Bruno Xavier. Eu estava buscando muito melhorar minhas ações, ser uma pessoa melhor, e também estava sem clube, num bom mercado de futsal que eu tinha. Mas eu já vinha colocando algumas coisas pra Deus, e pensou que Ele respondeu através do Bruno, que teve a sensibilidade de me oportunizar algo. Foi quando recebo outra ligação, e era Datinha me convidando para o Sampaio Corrêa, onde vivi 4 anos de experiências extraordinárias e construi uma história linda na modalidade.”

BSC: Como é sua rotina de preparação para a temporada e para as competições importantes?

Tony Almeida: “Tenho um acompanhamento de dois profissionais, o Rodrigo, que é meu personal, e o Tarcísio, que é meu fisioterapeuta. Minha rotina e preparação consiste em seis treinos semanais e uma supervisão com o fisioterapeuta por semana. Os treinos são direcionados e específicos para a modalidade, seja na areia, na academia ou espaços livres, tudo visando a melhoria da minha perfomance.”

BSC: Quais são as habilidades ou técnicas que você considera essenciais para quem quer se destacar no Beach Soccer?

Tony Almeida: “Acredito muito que precisa ter um bom controle de bola, condicionamento físico e, claro, uma boa percepção tática do jogo.”

BSC: Na sua visão, o que evoluiu no Beach Soccer nos últimos 10 anos?

Tony Almeida: “Vejo que o esporte está evoluindo a passos curtos, mas que tem melhorias estruturais e de organização. Acredito muito que crescerá muito quando começar a cumprir os calendários.”

BSC: No que o Beach Soccer ainda deixa muito a desejar e como isso poderia melhorar?

Tomy Almeida: “A falta de profissionalização da modalidade deixa muito a desejar. Com isso muitos atletas e treinadores migram para outras modalidades, que oferecem mais recursos e mais estabilidade.”

BSC: O que você acha que pode ser feito para promover ainda mais o Beach Soccer ao redor do mundo?

Tony Almeida: “Maior possibilidade de desenvolvimento para profissionais da área, para que tenham mais base sobre a modalidade, e, claro, tendo profissionais melhores formados na modalidade, desenvolver competições regionais e nacionais regulares.”

BSC: Como você vê o futuro do Beach Soccer? Há algum aspecto específico (tecnologia, regulamentação, etc.) que você acredita que irá influenciar significativamente o esporte?

Tony Almeida: “Honestamente, vejo um futuro muito promissor. E acredito que buscando regulamentação em inscrições, onde vincule atletas e profissionais diretamente aos seus clubes de origem, abrirá mais espaço e oportunidades para um maior número de atletas. Não é apenas uma questão de limitar por região, e em determinada competição. É uma questão de criar vínculo entre clubes, atletas e treinadores, através das federações e confederação. Hoje não há nenhum vínculo e o atleta pode jogar livremente por três ou quatro equipes no mesmo mês.”

BSC: Hoje você consegue viver apenas do Beach Soccer?

Tony Almeida:Não, hoje me divido entre atleta e micro empresário, no ramo de papelaria e festas.”

BSC: Qual são seus destinos mais prováveis no Beach Soccer este ano?

Tony Almeida: “Este ano provavelmente devo estar no Circuito Brasil de Beach Soccer, que acontecerá em março. E na sequência devo retornar ao Beach Soccer português.”

BSC: Qual sonho você ainda não realizou no Beach Soccer, e que pretende realizar?

Tony Almeida: “Sem Dúvidas jogar uma Copa do Mundo.”

BSC: Qual foi o maior título que você conquistou e qual teve o maior significado pra você?

Tony Almeida: “Todos foram muito importantes,mas o que mais teve um significado especial foi o título do circuito Brasil em 2023.”

BSC: Você é bicampeão brasileiro e recentemente disputou a final do Municipal em Anchieta, com cerca de seis mil pessoas nas arquibancadas. O que significou isso pra você?

Tony Almeida: Para mim um significado muito especial! Por como foi, por onde foi e com as pessoas que foram. Uma atmosfera como essa, no Beach soccer, eu nunca tinha vivido. Com torcida organizada dos dois lados, setores específicos da arquibancada pra cada uma, e torcidas grandes na maioria das equipes. Realmente surreal! Experiência única e ainda abençoada com o título .

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BSC: Como o canal Beach Soccer Coach contribui na sua carreira?

Tony Almeida: “O canal ajuda em aspectos profissionais, disciplinares e pessoais. Trás para mim ensinamentos e conteúdos que me fazem evoluir, em todos os aspectos do jogo, tanto tático, técnico e comportamental.”

BSC: Você teve um trabalho recente com o professor Carlos Henrique. Como foi isso pra você e por que valeu a pena?

Tony Almeida: “Foi uma experiência muito, mas muito boa! Já tenho um contato de muito tempo e trocas com o professor Carlos Henrique, antes mesmo de trabalharmos juntos . Ele sempre me deu suporte e me fez pensar muito (risos). E quando tive a oportunidade de estarmos juntos, não pensei duas vezes, pois tinha a certeza que cresceria muito o meu jogo. Acredito que principalmente por eu ser oriundo do futsal, e o Carlos ser um treinador muito tático, potencializou ainda mais o meu jogo!”

BSC: Cite dois sonhos que você ainda não realizou com o Beach Soccer?

Tony Almeida: “Jogar uma copa do mundo e viver única e exclusivamente dele.”

BSC: Você pretende atuar com o Beach Soccer quando encerrar a carreira como atleta?

Tomy Almeida: “Com certeza! Sou um apaixonado por esse esporte e por atividade física. Acredito que me capacitado e estudando bastante, posso compor uma comissão técnica. Penso em ser preparador físico e espero oportunizar nos outros, aquilo que tenho sido oportunizado.”

BSC: Na sua opinião, o que precisa acontecer para o Beach Soccer se tornar uma possibilidade de modalidade profissional no Brasil?

Tony Almeida: “Pra mim, o que falta é união e debate de todos os que estão envolvidos na modalidade: atletas, dirigentes, treinadores e federações. É preciso discutir a melhoria de competições, eventos, torneios e que seja rentável para quem investe, promissor para quem trabalha e produtivo para quem o faz.”

BSC: Que conselho você daria para jovens atletas que aspiram a ser jogadores profissionais de Beach Soccer?

Tony Almeida: “Para mim a fórmula é ‘obedecer, entregar e confiar’. Para isso é importante saber onde está e onde quer chegar. O Beach soccer é um esporte desafiador e requer muito desse 3 pilares. Por tanto, não se limite e busque seu espaço com muito trabalho.”

BSC: Há alguma mensagem ou pensamento que você gostaria de compartilhar com os fãs e seguidores do Beach Soccer?

Tony Almeida: “Acredite que o trabalho sempre vai te devolver e que você é fruto do que for constante. Busque o que é certo e não apenas o que é bom. Siga em frente e não desista pois Deus é contigo.”

BSC: Para encerrar, gostaria de saber se há algo mais que você gostaria de compartilhar com nossos leitores e seguidores.

Tony Almeida: “Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, por me proporcionar tantas maravilhas nesse esporte. Não posso deixar de agradecer a toda minha família, pois se não fosse eles, por todo suporte e ser uma rede de apoio fantástica, não seguiria essa jornada. Mãe, irmã, esposa e filhos, muito obrigado por tudo.

E, por fim, muito obrigado por este espaço, no site Beach Soccer Coach, através do professor Carlos, por me proporcionar contar um pouco da minha história, nesse esporte que sou apaixonado e realizado. Nele estou construindo um legado e sou grato a todos os locais em que estive, cidades, estados, países e pessoas que conheci, e que me ajudaram a crescer tanto nesse tempo. Seguirei firme, focado, confiante e trilharei muitas coisas ainda nesse esporte encantador.

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