O Goleiro no Beach Soccer: Os Surpreendentes Números da Copa que Podem Afetar a Todos no Jogo

A recente Copa do Mundo de Beach Soccer FIFA, realizada em Dubai, não foi apenas uma grande propaganda para a modalidade, mas revelou uma indiscutível verdade numérica sobre o papel dos goleiros. O Beach Soccer se tornou o futebol onde o goleiro transcendeu seu papel de tradicional defensor, e se afirmou como um elemento vital na armação do jogo e no ataque, como um verdadeiro estrategista no sucesso da equipe.

Neste texto, você vai conhecer os impressionantes números, separados numa tabela exclusiva, feita pra você que ama este jogo e está sempre ligado em números.

Os Armadores da Areia: O Papel Ampliado dos Goleiros

Ao iniciar a pesquisa sobre os números dos goleiros nessa Copa, pensamos em encontrar uma grande maioria de jogadores da posição, que estariam entre os principais passadores de suas equipes. E a verdade é que, das 16 equipes participantes do Mundial, absolutamente todas as equipes tiveram seus goleiros como os maiores passadores de suas seleções!

“Das 16 equipes participantes do Mundial, absolutamente todas as equipes tiveram seus goleiros como os maiores passadores de suas seleções!”

Os goleiros assumiram, assim, não só o papel da última barreira para o ataque adversário, mas se tornaram os verdadeiros pilares para a construção das jogadas de suas equipes. Esta constatação, em números, que já era perceptível no decorrer dos jogos, fala muito sobre o que se tornou a posição do goleiro pra este jogo. E pra alguns, hoje não é só crucial que o goleiro tenha um excelente jogo de pés, mas se tornou uma premissa para o goleiro de Beach Soccer.

A Visão Comprovada por Números

Os goleiros Mikhail Avgustov, da Bielorrúsia, e Thiago Bobô, do Brasil, por exemplo, tiveram respectivamente 530 e 512 passes realizados em suas equipes. Além disso, das 16 equipes disputantes do Mundial, todas tendo os goleiros como maiores passadores, em cinco delas, os goleiros foram os jogadores que tiveram o maior número de assistências de suas equipes. Nesse quesito, destacou-se o goleiro Yusuke Kawai, do Japão, com quatro assistências diretas para gols de sua equipe.

No quesito finalizações, destacaram-se os goleiros Humaid Jamal, dos Emirados Árabes, e Hamid Behzadpour, do Irã, com impressionantes 37 e 39 arremates ao gol para suas equipes.

Estes números robustos não apenas sublinham a habilidade dos goleiros, mas mostram a realidade incontestável, de que eles não só redefiniram o jogo, como podem estar redefinindo a realidade da valorização financeira na modalidade.

Os Números Exigem Uma Nova Avaliação Financeira?

O argumento é direto: a performance dos goleiros e seu papel cada vez mais decisivo no jogo criam uma discussão sobre sua compensação financeira. Como exemplo, citando aqui o futebol de campo, os jogadores que desempenham funções de passadores, criadores e finalizadores frequentemente recebem os salários mais altos. Eles são valorizados por sua contribuição direta no sucesso ofensivo da equipe.

E, neste contexto, os goleiros de Beach Soccer seriam recompensados não só por sua habilidade em defender, o que é óbvio para a posição, mas agora pelo impacto direto que vem exercendo no jogo ofensivo.

Confira os números da Copa do Mundo de Beach Soccer 2024

Observação: Os dados apresentados só mostram aqueles que tiveram os maiores números de ações descritas por suas seleções. Então, se um goleiro teve finalizações, mas ele não foi o maior finalizador de sua equipe, estes dados não estarão na tabela, pois a FIFA não liberou os números por ação de todos os atletas.

Por nacionalidade

Nº	Goleiro	País	Passes	Assistência	Finalizações
1	Sebastian GOMEZ POLATTI	Argentina	168	3
2	Mikhail AVGUSTOV	Bielorrúsia	530
3	Thiago Bobô	Brasil	512
4	Alejo QUINTERO	Colômbia	179	3
5	MOHAMED ELSAYED	Egito	123
6	HUMAID JAMAL	Emirados Árabes Unidos	295		37
7	Pablo Lopez	Espanha	199	3
8	Chris TOTH	Estados Unidos	242		21
9	Hamid BEHZADPOUR	Irã	379		39
10	Leandro CASAPIERI	Itália	405
11	Yusuke KAWAI	Japão	209	4
12	Gabriel MACIAS	México	275	2	24
13	Said AL FARSI	Omã	115
14	Pedro Mano	Portugal	341
15	Ousseynou FAYE	Senegal	114
16	Jonathan TOROHIA	Tahiti	291

Por número de passes

Nº	Goleiro	País	Passes	Assistência	Finalizações
1	Mikhail AVGUSTOV	Bielorrúsia	530
2	Thiago Bobô	Brasil	512
3	Leandro CASAPIERI	Itália	405
4	Hamid BEHZADPOUR	Irã	379		39
5	Pedro Mano	Portugal	341
6	HUMAID JAMAL	Emirados Árabes Unidos	295		37
7	Jonathan TOROHIA	Tahiti	291
8	Gabriel MACIAS	México	275	2	24
9	Chris TOTH	Estados Unidos	242		21
10	Yusuke KAWAI	Japão	209	4
11	Pablo Lopez	Espanha	199	3
12	Alejo QUINTERO	Colômbia	179	3
13	Sebastian GOMEZ POLATTI	Argentina	168	3
14	MOHAMED ELSAYED	Egito	123
15	Said AL FARSI	Omã	115
16	Ousseynou FAYE	Senegal	114

Mais perguntas do que respostas

É irrefutável que os goleiros mudaram a forma como se joga esse jogo. Com isso, ficam aqui algumas reflexões sobre esta questão:

• É objetivo do jogo favorecer um atleta específico?
  
• Como vai ficar o reconhecimento e valorização financeira deste atleta?
  
• Isso muda a dinâmica de contratações, uma vez que nem todo atleta se encaixa no jogo com o goleiro?
  
• Sabendo que o jogo mudou, o que um atleta de linha precisa fazer para manter alto o seu valor de mercado?
  
• Os treinadores vão manter uma dinâmica básica de funcionamento do jogo com os goleiros ou vão criar mais e ousar dentro desse padrão?
  
• Para o público em geral e o telespectador que consume o produto Beach Soccer, o jogo com o goleiro atrai mais ou afasta?
  
• Como manter a dinâmica do jogo alta, mesmo com as permissões que a regra dá, que podem deixar o jogo mais lento?

Estas são as perguntas que surgiram enquanto este texto era produzido!
Mas ficaríamos muito felizes em saber a sua opinião sobre o assunto.

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